Trabalhadores exigem segurança e condições de trabalho e pela 6ª vez rejeitam imposição de revezamento de plantão na Fundação CASA

30/07/2012 18:02

 

Em Assembléia geral extraordinária dos servidores da Fundação CASA, realizada na sede do SITRAEMFA neste sábado (28/07), com uma representação participativa de todas as unidades no Estado, foram esclarecidos e discutidos os problemas que a categoria vem enfrentando no dia-dia. Entre os pontos debatidos podemos destacar, falta de segurança e más condições nos locais de trabalho (Ação Civil Publica - MPT), desigualdades salariais (PCS), lentidão do Judiciário nas execuções dos processos (CALOTE DOS PRECATÓRIOS), falta de servidores na Instituição(concurso publico), falta de transportes nas unidades de difícil acesso, mudanças forçadas nos contratos de trabalho(Portaria 227/12), imposição aos trabalhadores a fazer revezamento de plantões (diurno e noturno), além de outras situações.

No que se refere a condição de trabalho, vários fatores vem colaborando para que este ambiente seja causador de adoecimento relacionado ao trabalho, isso porque se verifica pela quantidade de servidores, afastados e reabilitados, além de muitos outros que trabalham doentes nesta categoria, muitas vezes com medo de se afastar para o tratamento e sofrer retaliação das chefias. O Presidente do SITRAEMFA, Júlio Alves afirma que o Ministério Público do Trabalho precisa ter ciência destas ocorrências, com números concretos dos casos, por isso que solicitou a todos (as), nestas condições que encaminhem ao sindicato, documentos que comprovem esses fatos, contendo nome e RE destes trabalhadores, objetivando a juntada dessa situação na Ação Civil Pública, atualmente existente na Justiça do Trabalho de São Paulo, movida pelo MPT e SITRAEMFA que denuncia o ambiente penoso e insalubre que vivenciam os (as) trabalhadores (as).

Quanto às desigualdades salariais existentes na categoria, foi esclarecido que há  uma discrepância muito grande entre os salários dos servidores detentores dos mesmos cargos/funções, em razão das promoções criadas por um PCCS que deveria ter avaliado todos os trabalhadores em 2002.  Por outro lado foi implantado outro em 2006 que, recepcionou as mesmas desigualdades daquela época. Fato que esta entidade sindical vem debatendo todos os anos, nas campanhas salariais, mas este ano o Secretario de Planejamento do Estado e Fundação CASA se comprometeram, expressamente em readequar esta situação e implantar até a próxima data-base (março de 2013), sem que até agora houvesse as reuniões para que o sindicato e comissão de negociações comecem a construir  com estes Órgãos a readequação dessas distorções, os trabalhadores e sindicato aprovaram um ato publico em frente a sede da Fundação CASA, para dia 13/08/12, às 14 hs, a fim cobrarmos que seja dado inicio as negociações da reforma do PCS já!!!

Outra situação que foi ponto de pauta e esclarecimento entre os trabalhadores foram os valores referentes a demissão dos 1.751 em 2005, (PROCESSO PARA ACOMPANHAR AO LADO) que ainda está aguardando a execução da Justiça do Trabalho, “temos que informar a sociedade sobre o calote que este Governo vem dando aos trabalhadores da Fundação CASA e outros servidores públicos do Estado”, ressalta em discurso, muito emocionado o Presidente do SITRAEMFA. Sendo aprovado pelos presentes a realização de um ato público em frente ao Fórum Trabalhista de São Paulo, na Av. Marques de São Vicente, Barra Funda, objetivando a urgência na tramitação processual, uma vez que está parado há muito tempo lá, bem como denunciar a lentidão do Poder Judiciário. Pedimos que os trabalhadores fiquem atentos para a data e horário desse evento, que será publicado em nosso site e boletim.

Outro ponto de grande relevância para os trabalhadores foi O REVESAMENTO de plantão!!! Um modelo de trabalho que está trazendo assédio moral e adoecimento constante á categoria. “Iremos noticiar os órgãos competentes denunciando este ato da Instituição”, informa Júlio, mas os trabalhadores por maioria esmagadora rejeitaram trabalhar em revezamento na Instituição e prometem paralisação das atividades caso seja imposta essa condição.