NOVO TIPO DE ENTORPECENTE CHEGA AO BRASIL PELO PORTO DE SANTOS -SP

28/06/2012 11:40

Feita na Rússia com mistura caseira que inclui até gasolina, o krokodil, ou crocodilo em português, destrói a pele e mutila o corpo dos usuários




Uma nova droga de efeito devastador se espalha como uma epidemia pela Rússia: o krokodil ou crocodilo em português. Trata-se de uma mistura feita com um derivado de ópio, a codeína, e uma série de químicos como gasolina, solvente de tinta, ácido clorídrico, iodo e fósforo vermelho. A combinação ganhou esse nome porque a região da pele em que o krokodil é injetado fica esverdeada e com uma textura escamosa. Com o tempo, as veias se rompem, os tecidos morrem e se soltam do corpo. O que se vê são viciados em farrapos de carne, apodrecendo vivos, corroídos pela acidez da droga.


A heroína é muito popular na Rússia. O governo estima que 2,5 milhões de pessoas usem a droga no país. Ela é produzida principalmente no Afeganistão e chega a preços que variam entre o equivalente a R$ 50 e R$ 150 o grama ao consumidor final. O krokodil, que tem efeito dez vezes mais potente que a heroína, custa entre R$ 5 e R$ 8 o grama e tornou-se a alternativa para quem não têm como sustentar a dependência química em heroína. A expectativa de vida para quem é usuário da nova droga é de 1 a 3 anos. Os que sobrevivem sofrem amputações e ficam dementes, com problemas motores, de raciocínio, de fala e de visão. Em entrevista à revista norte- americana “Time”, uma ex-usuária relatou mortes de amigos por pneumonia, envenenamento, meningite, explosões de artérias do coração ou putrefação até a morte.


“A codeína é um opiáceo, uma substância natural encontrada no ópio, ativo obtido da papoula. O iodo, em contato direto com a pele, causa lesões. O fósforo vermelho, se aquecido, se torna fósforo branco e é extremamente venenoso. Os solventes e a gasolina, usados no refino, são substâncias tóxicas que atacam fígado, rins e cérebro”, explica Nadia Tawil, toxicologista do Instituto Brasileiro de Estudo e Avaliação Toxicológica (Ibemax)

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